Quando a sonda Voyager 2 da NASA sobrevoou Urano em janeiro de 1986 e Netuno em agosto de 1989, fez uma descoberta surpreendente: nenhum dos dois icônicos gigantes de gelo tinha um campo magnético dipolar tão forte como o da Terra. A descoberta levantou questões sobre a composição, temperatura e dinâmica dos núcleos desses mundos gelados.
Alguns cientistas teorizaram que os interiores desses planetas contêm gelo de água superiônica, um estado exótico em que os prótons se movem por meio de uma rede cristalina de oxigênio. Há até quem aposte em uma grande chuva de diamantes, onde, sob pressões altíssimas, átomos de carbono espremidos se convertem em “joias planetárias”, e chovem.