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Conheça Rodrigo Luti, do time de Google Cloud

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Julho foi o mês do Orgulho das Pessoas com Deficiência. Seguindo com nossa missão da Disability Alliance, grupo interno de funcionários com deficiência do Google Brasil e pessoas aliadas, aproveitamos o mês para celebrar, compartilhando algumas experiências de pessoas da nossa comunidade interna.

Para dar voz a essa celebração, apresentamos o Rodrigo Luti, de 38 anos, Gerente de Marketing para Parceiros do Google Cloud. Nascido na capital de São Paulo e criado no litoral, ele diz que foi criado em um ambiente que lhe trouxe consciência sobre a importância do feminismo e do anti-racismo, graças à sua mãe, Cristina.

Rodrigo nasceu com uma condição genética degenerativa na coluna e se descreve como uma pessoa positiva perante aos seus desafios. Ele está prestes a realizar um sonho em que terá a possibilidade de ajudar outras pessoas: iniciar uma graduação em Direito, para poder aconselhar legalmente aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade, de forma pro bono.

Antes de entrar no Google, trabalhou durante 6 anos em navios de cruzeiros – período em que conheceu 35 países. Quando retornou ao Brasil, passou por grandes empresas dos segmentos de cosméticos, moda e produtos para casa, sempre no departamento de marketing.

Rodrigo é tio de quatro sobrinhos, tem 5 gatos e se considera alguém que tenta apoiar ao máximo as pessoas na realização de seus sonhos.

Saiba mais sobre o Rodrigo na entrevista abaixo!

Como você descreveria seu trabalho no Google para uma criança?

Foi como descrevi meu trabalho para minha sobrinha de 7 anos: falei que trabalho com internet e é muito legal, que dentro do Google tem marcas como o Youtube. Quando falei do Youtube, ela começou a gritar falando que eu era amigo do Felipe Neto e que eu tenho o melhor trabalho do mundo.

Bom, realmente tenho o melhor trabalho do mundo e para ela, sou o melhor amigo do Felipe Neto.

Qual sua visão sobre a importância de darmos mais visibilidade para a interseccionalidade entre pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIA+?

É um desafio duplo. Nós, da comunidade LGBTQIA+, somos sub-representados na mídia e a representação que existe se concentra em pessoas brancas, padrão, classe média alta e sem deficiência.

A comunidade queer com deficiência ainda não é representada pela mídia, tem sido descartada pelo público em geral e até mesmo dentro da própria comunidade LGBTQIA+.

Alguns dos ativistas da comunidade mais celebrados eram deficientes, como por exemplo a Marsha P. Johnson, mas raramente reconhecemos a deficiência como parte integrante de suas identidades e como parte da experiência vivida dos LGBTQIA+. Além disso, um terço dessas pessoas que se identificam como deficientes não se assumem como LGBTQIA+ publicamente, receosos de que isso só reforce ainda mais os preconceitos que já sofrem.

Como diz a grande poeta norte americana Stefani Joanne Angelina Germanotta (Lady Gaga): ”Rejoice and love yourself today ‘Cause baby, you were born this way”/”Alegre-se e ame a si mesmo hoje, porque baby, você nasceu assim.”

O que você gostaria que mais gente soubesse sobre ser uma pessoa com deficiência e da comunidade LGBTQIA+?

A invisibilidade das pessoas com deficiência que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ ainda parece ser uma regra. No entanto, diversas pessoas tentam mudar essa situação diariamente, então acredito que no final dessa longa jornada, teremos um final feliz.

Qual foi o momento mais marcante no Google até agora?

Foi quando tive a oportunidade de fazer um evento online para os parceiros do Google Cloud para falarmos sobre a comunidade LGBTQIA+ no mês passado, em que fiz dois eventos no mesmo dia: na parte da manhã, para os parceiros do Brasil e à tarde, para os parceiros de língua espanhola. O evento em espanhol me marcou bastante, já que os próprios parceiros se uniram e começaram a compartilhar suas histórias de como trabalhar com Diversidade, Equidade e Inclusão dentro das suas empresas, como recrutar e desenvolver novos profissionais LGBTQIA+.

Indico o perfil @mundopedrofernandes. O Pedro é um ativista que luta para que as pessoas com deficiência sejam vistas como indivíduos de direitos e necessidades: “e que tenham vontades e desejos, que devem e merecem ser respeitados”, como ele mesmo diz.

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