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Crítica | Mario Strikers Battle League é futebol para quem não gosta do esporte

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Esportes no geral são regidos por um apanhado de regras que fazem a disputa ser mais equilibrada. Mas e quando essas regras não valem de nada e a pontuação é a única coisa que conta durante a partida? Essa é mais ou menos a proposta de Mario Strikers: Battle League, um jogo de futebol cuja única preocupação é fazer gol, não importa como.

Regras para quê?

Battle League une o que há de melhor da expertise da Nintendo quando quer dar o seu toque pessoal em algum esporte popular. Foi assim com Mario Kart, que prova ao jogador que ser o mais rápido na pista não é a única forma de ser o campeão da disputa; é assim com essa nova investida nos campos de futebol, na qual uma voadora no meio da fuça é uma jogada permitida e qualquer um pode sair com a bola na mão e arremessá-la ao gol.

É divertido e coloca a cabeça para pensar um pouco. Quanto menos ligado ao esporte original, mais rápida será a sua absorção do gameplay. Mas também é bom lembrar que todo aquele lance de posicionamento e triangulação também pode ajudar você a se posicionar no campo e ganhar uma vantagem na hora de chutar ao gol.

Sem faltas, arremessos laterais ou tiros de meta, sobra apenas mirar o chute e acertar o gol. Inclusive, bem ao estilo Captain Tsubasa nos videogames, é possível chutar ao gol antes de dar o primeiro toque na bola na saída após uma pontuação, basta ter um Superchute carregado ao seu dispor.

Por falar nisso, os Superchutes são aqueles ataques (quase) indefensáveis que rendem ao jogador uma animação linda e não um, mas dois gols no placar geral. Assim como em Super Smash Bros. é preciso coletar um item no cenário para ganhar a vantagem de aplicar um Superchute. Enquanto cada chute normal rende um gol, os Superchutes (requerem um tempo maior na execução) adicionam dois pontos ao placar de quem acertá-los.

Escolha seu veneno

Um tanto limitada é a lista de seleção de bonecos para formar times em Mario Strikers: Battle League. Ao todo são 10 personagens que podem ser escolhidos no elenco. E com cada time sendo composto por quatro personagens, esses dez disponibilizados não são suficientes para criar uma variação satisfatória na hora de enfrentar adversários por aí.

Os times acabam ficando um pouco repetitivos, e não há nenhum tipo de segredo em suas formações também. Os personagens também não têm nenhuma interação diferenciada quando dividem um mesmo time ou se enfrentam como adversários. Talvez esteja pedindo demais, mas é o tipo de easter egg que todo mundo que é fã, gosta, não?

No entanto, cada um dos personagens funciona à sua maneira, com vantagens específicas que podem ser aproveitadas nas partidas. Estratégias podem ser criadas a partir do tamanho dos personagens – Bowser e Donkey Kong ocupam uma parte considerável do campo e por isso são bons escudos –, ou na velocidade e técnica – Toad ou Rosalina, respectivamente.

Junto das características únicas de cada boneco, é possível farmar dinheiro no jogo para a compra de itens de personalização. Além de cosméticos, esses itens também funcionam como equipamentos que mudam os status dos personagens, criando composições únicas (ou pelo menos a ideia é essa) para os times.

Equipando os endiabrados

Os equipamentos destravados em cada uma das ligas offline podem ser comprados e equipados pelos personagens. Na hora da partida, é decidido durante a escolha do personagem se o jogador usará uma versão equipada ou não do mesmo.

A gente vê os status sendo alterados durante a personalização, mas o quanto isso afeta o gameplay final do jogo só vamos descobrir à longo prazo, principalmente durante as partidas online contra outros jogadores.

Esse grind da campanha offline pode ser jogador em até quatro jogadores no mesmo time, o que já serve de treinamento para as ligas online. E ali é onde o jogo deveria brilhar.

Strikers League

Aqui é onde o jogo vai se provar um sucesso ou um tremendo fracaso. A Strikers League é um dos modos online do jogo, e requer a criação e manutenção de um time de futebol criado pelo jogador, disputando ligas especiais iniciadas pelo game no formato de temporadas.

Se no jogo em si as regras são inexistentes, na liga as coisas são o completo oposto. O criador do time é responsável por nomear, escolher uniformes, fazer a manutenção dos membros do time (cada um pode comportar até 20 jogadores), escolher a região (essa região impossibilita jogadores de regiões diferentes de ingressarem no seu time), a política do time e as condições de aprovação de cada jogador.

Se não bastasse tudo isso, os donos do time só podem configurar os seus membros durante as off-seasons, ou seja, quando as temporadas não estão ativas. Cada um dos times competem entre si em busca de uma melhor pontuação no ranqueamento geral.

Muitos fatores vão precisar trabalhar juntos para o sucesso da Strikers League, e o principal deles é o componente online. Se a jogatina não fluir, o game está fadado ao fracasso. Dada a atual conjectura das coisas, onde jogos de Switch são extremamente caros no Brasil, e cada usuário precisa estar em dia com a sua assinatura da conta online da Nintendo, é bom que esse online funcione também contra jogadores de outros países.

Mario Strikers: Battle League é um tanto divertido. Jogado em cooperação com outros jogadores fica melhor ainda. O jogo peca um pouco na quantidade de variação dos times, afinal, 10 personagens é um elenco um tanto quanto diminuto (mesmo se comparado à sua versão anterior).Um jogo pensado para transformar a competição online na grande estrela à longo prazo (espero que consiga). Se o sal é real até mesmo com os personagens que estão na partida (eles ficam brabos quando tomam gol), imagina na vida real com os amiguinhos se zoando.

■ Jogo: Mario Strikers: Battle League   ■ Publicação: Nintendo    ■ Desenvolvedora: Nintendo  ■ Plataformas: Nintendo Switch    ■ Lançamento: 10/06/2022

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