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Filmes de games: os nossos favoritos (bom ou ruim, é outra coisa)

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Sonic 2: O Filme estreia hoje no Brasil, prometendo ser, além de melhor que o primeiro, mais uma prova de que vídeo games e cinema podem sim dar em uma mistura boa. Tá certo que a gente tem um monte de exemplos que contrariam isso, sejam críticas negativas ou bilheteria baixa, mas de uma certa maneira, alguns deles conseguem entrar no nosso coração e ficar na nossa memória como algo divertido de se revisitar, mesmo quando não são lá tão bons assim.

Pensando nisso, toda a equipe do Geek Here resolveu listar seus filmes baseados em games preferidos, sejam eles bons ou ruins. E você, tem algum queridinho do coração? Responde pra gente nos comentários!

Jeff Kayo – Need for Speed: O Filme (2014)

Não tem adaptação cinematográfica baseada em games melhor do que essa. Há quem diga que não tem como dar errado também, afinal, se tiverem carros correndo, já ganha selo de aprovação. Bem, Velozes e Furiosos era assim, mas nem eles conseguem se garantir mais. Mas o que eles fizeram de tão bom em NFS?

A escolha de Aaron Paul e Imogen Poots foi certeira. Michael Keaton como ricaço patrocinador de corrida e Rami Malek como mecânico exótico que adora ficar pelado não fica atrás também. Depois alguns closes de câmeras muito parecidos, uma jornada que mistura jogos mais recentes como o remake de Hot Pursuit e outros nem tanto, como The Run. E claro, os veículos, mesmo que na sua grande maioria hypercars, ainda tivemos alguns sleepers e muscle cars misturados.

Anderson “Haterman” – Doom: A Porta do Inferno (2006)

O filme de 2006 que contava com um ainda desconhecido Dwayne Johnson conta a história de uma equipe especial enviada para salvar o doutor Todd Carmack, que com seu time de pesquisadores desenvolveu um cromossomo sintético perigoso demais! O filme tem uma sequência épica de primeira pessoa que lembra muito o jogo, com direito a BFG (Big Fucking Gun) e um embate final entre The Rock e Karl Urban. Imperdível!

Takeshi Oyama – Mortal Kombat: O Filme (1995)

Se no mundo dos videogames a rivalidade era com Street Fighter, no cinema, Mortal Kombat reinou absoluto no coração dos fãs. O filme de Paul W.S. Anderson não só foi uma adaptação bastante fiel ao primeiro jogo como foi importante o bastante para influenciar a própria mitologia da série.

Mortal Kombat pegou carona nos filmes de artes marciais, ainda bastante populares no começo dos anos 1990, abraçou o misticismo e a sensação de uma batalha sagrada, sangrenta (dentro do que a classificação etária permitia) e épica em que o destino do próprio planeta estava em risco. Com um Robin Shou perfeito como Liu Kang a atuação incomparável de Cary Hiroyuki Tagawa, Mortal Kombat mostrou que é possível sim fazer uma boa adaptação cinematográfica trazida dos games. De quebra, ainda tivemos Goro, o príncipe dos Shokan em animatrônicos que fazem muita CGI parecer brincadeira de criança.

Ricardo “Kouhai” – Monster Hunter (2020)

Quem diria que um dia todos nós teríamos a oportunidade de assistir Monster Hunter em forma de longa metragem? Temos no elenco nomes como Milla Jovovich e Tony Jaa, contracenando num inesperado isekai com vários dos famosos monstros gigantes da franquia, como por exemplo: Diablos, o monstro chifrudo que nada na areia, Deviljho, um tiranossauro mutante com um bafo mortal e o majestoso Rathalos, provavelmente o dragão de fogo mais icônico de toda a franquia.

Se você realmente é fã da franquia como eu, com certeza compartilha do sentimento de que em vários momentos do filme a torcida estava a favor dos monstros. E pra quem não conhece a franquia, fica o gostinho de saber mais sobre esse universo que é vasto e repleto de aventuras.

Gilsomar Livramento – Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (2010)

Adaptação do jogo homônimo da Ubisoft, ele traz aquele clima de Sessão da Tarde… se bem que, hoje em dia, esse “conceito” não deve significar muito pra galera jovem, consumidora de serviços de streaming. Mas entenda assim: é um filme gostosinho de ver, mesmo não tendo nada de surpreendente, é divertido (embora tenha meta uns momentos sérios demais), tem ação, acrobacia e aquela mistura de ação e fantasia.

Pra mim o único grande problema dele é que tem o ator Ben Kingsley. Calma, gosto dele como ator e manda bem, só que ele é tão cara de vilão com aquele jeito “malvado misterioso” que só de olhar pra ele no começo do filme meio que já saber o que vai acontecer.

Carol “Caroleaks” – Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos (2016)

Era o filme que os fãs queriam? Provavelmente não, mas foi o que ganhamos.

Ducan Jones já tinha mostrado que sabe dirigir de forma belíssima com o premiado Lunar. Com isso, o hype por um filme de orcs e humanos em Azeroth cresceu entre os fãs da franquia Warcraft, já que esperávamos por um desde 2006. O diretor prometia que faria o longa que os fãs mereciam, na época. Não chegou lá, talvez por culpa do live-action em si, mas entregou momentos memoráveis e calçou o saudosismo. Por outro lado, Travis Fimmel mostrou em Vikings que sabe vestir uma boa armadura e ficou ótimo como Lothar. O CG deu certo, porém um filme inteiramente como animação funcionaria muito melhor – já que a Blizzard faz isso muito bem há anos. O conjunto é uma loucura colorida demais e uma tomada panorâmica para simular a cara do RTS. E, ainda assim, a gente ama porque é o que ganhamos.

Thais Matsufugi – Pokémon: Detetive Pikachu (2019)

Lançado em maio de 2019 no Brasil, o longa baseado em um dos spin-offs da franquia de monstrinhos de bolso mais amados do mundo, rendeu diversas discussões quando anunciado, seja pelo realismo nos pokémon adaptados para o mundo real ou pela estranheza em ter Ryan Reynolds no papel de Pikachu (porque sim, o pokémon fala com voz grossa). Para a nossa alegria, deu tudo muito certo e a adaptação é só amor!

A história gira em torno de um garoto que se une ao antigo parceiro Pokémon de seu pai (um Pikachu) para investigar os mistérios que envolvem seu desaparecimento. Vários rostinhos conhecidos e aquela pitada de humor envolvendo os trejeitos de cada Pokémon nos jogos, fazem deste filme um prato cheio para qualquer fã da série.

Leonardo Kitsune – Street Fighter: A Última Batalha (1994)

Fazer um filme de Street Fighter não é complicado. A estrela do filme de 1994, Jean-Claude Van Damme, de certa forma já até tinha estrelado em um ótimo proto-Street Fighter, O Grande Dragão Branco. É só colocar alguns poucos personagens num torneio de artes marciais, estabelecer rivalidades e coreografar bem as lutas. Não é difícil. Mas eles quiseram dificultar, e criaram uma espécie de 007 de baixo orçamento protagonizado um coadjuvante do jogo e o resultado foi uma deliciosa tosqueira.

Eu já perdi as contas de quantas vezes assisti esse filme. Os personagens estão visualmente… corretos (?) mas completamente descaracterizados. Ryu e Ken podiam nem existir. O saudoso Raul Julia não foi avisado de que o filme era péssimo e resolveu fazer uma belíssima performance shakesperiana, a única coisa não-ironicamente boa do longa. É uma enorme porcaria, que eu amo com todas as forças. Ah, e rendeu um dos meus artigos favoritos na internet, a história da produção do filme, que prova que a mera existência desse negócio já é um milagre em si mesmo.

Raphael Martins – Double Dragon (1994)

Double Dragon trazia em seu elenco Marc Dacascos, figurinha carimbada em filmes de artes marciais como Esporte Sangrento como Jimmy, e Scott Wolf, a sensação adolescente da época pelo seriado O Quinteto, como Billy, os irmãos protagonistas do game. E não tinha muito mistério: era só colocar os dois brigando na rua contra bandidos que já estaria tudo certo, mas criaram uma história cheia de misticismo ambientada em um futuro pós-apocalíptico. Para mim funcionou, mas muita gente não gostou… não que eu me importe, é claro.

O filme é cheio de cenas de ação frenéticas, como uma explosiva perseguição de lanchas, e também não faz feio nas coreografias de luta. Assim como no game, Billy e Jimmy caem na porrada com um sem número de capangas, e no final das contas, é isso mesmo que eu queria ver. Não vão pela crítica não, vejam vocês mesmos e depois me contem o que acharam!

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