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Gungrave G.O.R.E ressuscita para tentar mais uma vez nos games

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Quem podia imaginar que o retorno de Beyond the Grave aconteceria em pleno 2022, ano da tecnologia e todas essas coisas? Pois Gungrave G.O.R.E. foi lançado hoje, está no Game Pass, da Microsoft, e entrega exatamente tudo o que o game já ofereceu em algum momento, e nada mais. Seja isso bom ou ruim.

Muito estilo, pouca substância

Gungrave já foi referência no mercado por conta do seu estilo inovador. Com arte de Yasuhiro Nightow, o game tinha um grande apelo visual ao público fã de animes no geral por conta das similaridades com Trigun, obra que fez muito sucesso em 2002.

Yasuhiro Nightow desenhou os personagens de Gungrave

O tiroteio insano vinha acompanhado de fases rápidas, um gameplay bastante intuitivo, uma história de vingança e inimigos tão estilosos quanto o próprio protagonista. Chamado de Beyond the Grave, o nosso herói carregava consigo duas pistolas de alto calibre e um caixão (ataúde funesto, no game novo) capaz de proezas como se transformar numa bazuca.

G.O.R.E. não muda absolutamente nada do que já foi feito aqui. A exceção é o visual, agora com uma animação mais tradicional, sem o cel shading a tiracolo. A mudança aconteceu um jogo antes, em Gungrave VR, um jogo voltado para os periféricos de realidade virtual. 

E sabe o que é o mais doido? Tem dedo da Ikumi Nakamura, a diretora de arte que ficou extremamente popular durante a sua apresentação na E3 2019 ao lado da Bethesda (na apresentação de Ghostwire: Tokyo). Ela trabalhou como consultora no estilo visual do game e também atuou no redesign dos personagens.

Kusoge raiz de respeito

Atirar sem parar, em qualquer coisa que se mexa na sua frente; andar pelos corredores em busca da saída e, o mais importante, sobreviver. É fácil jogar Gungrave quando os pilares que o sustentam são exatamente os descritos acima.

Existe uma certa monotonia gostosa que vem ao lado desse gameplay simples, principalmente quando nos damos conta de que precisamos evoluir o personagem para avançar nas fases. O grinding é real, amigos.

O trem de carga é a fase mais diferente de todo o jogo

Ao final de cada fase a gente ganha pontos de experiência que podem ser gastos na loja. A loja nos serve com novos golpes, ataques especiais de área e até o aumento nas nossas habilidades natas, como melhor mira, dano de arma e melhoria de escudo.

O jogo divide sua nota em certas habilidades específicas: tempo, vida restante, mortes (dos inimigos), combo mais longo e estilo. Os dois itens que vão dar dor de cabeça aos jogadores são exatamente combo e estilo, porque é mais difícil do que parece manter o seu combo durante a fase inteira e o estilo é impossível de entender o que o jogo quer de você exatamente.

No mais, conseguindo uma nota entre B e S o jogo te garante um mínimo de quase 4 mil pontos que podem ser alcançados em qualquer fase. Repetir a primeira fase é a forma mais rápida de coletar pontos de experiência no jogo, #ficadica.

História fraca

De volta à ativa para impedir mais uma vez o desenvolvimento da SEED e sua exploração na cidade conhecida como Escoriápolis. Um novo grupo de vilões intitulado Raven Clan está incumbido de proteger a SEED, ao mesmo tempo que uma nova ameaça se prepara para atacar Grave ao mesmo tempo.

A parte bem ruim disso tudo é que demora demais para alguma coisa acontecer na narrativa do jogo. Quase dez fases para que tenhamos um primeiro “oi” da vilania. Acontece que o primeiro mundo do game não revela absolutamente nada, além de se estender por nove fases, dois chefes e nenhuma surpresa.

Dá para jogar Gungrave GORE sem conhecer a história dos jogos anteriores

Talvez fosse o caso dessa apresentação acontecer alguns momentos antes da total troca de ambientes. Mas depois do pontapé inicial, as coisas seguem por um ritmo melhor. Será que você aguenta até lá?

A tendinite vai bater, você vai ficar com dó do controle do seu videogame (seja qual for a sua escolha) e, pausas são recomendadas. Mas o jogo funciona exatamente daquele jeitinho podre, mas gostoso de todo kusoge: te entrega o mínimo, mas te força ao máximo.

Não sei, talvez esteja também infectado pelo vírus que causa críticos de Pokémon descerem o pau no jogo, mas darem nota 10 no pacote completo. Não me obrigo a uma nota aqui, mas gosto muito do estilo de Gungrave G.O.R.E., mesmo ele sendo esse jogo bizarramente ruim e viciante. Recomendo fácil – aproveita que está no Game Pass.

 

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