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Jujutsu Kaisen 0 – As ligações que o filme faz com a série 

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Jujutsu Kaisen 0 estreou nas salas de cinema do Brasil e é um desses filmes que entregam exatamente o que o fã quer ver. Seguindo a nova onda dos filmes “relevantes” para a obra como um todo, à exemplo de “O Trem do Infinito”, a história de JJK0 segue os acontecimentos canônicos que antecedem a obra de Gege Akutami.

Este texto conterá muitos spoilers do filme.

Mudanças bem-vindas

Para quem acompanha Jujutsu Kaisen pelo mangá somente, já deve ter dado de cara com o famigerado volume 0 do mangá. Um spin-off publicado numa revista mensal da Shueisha, publicado sem pretensões de se tornar uma série. Por sorte (ou azar) do autor, Tokyo Toritsu Jujutsu Koto Senmon, como é conhecido originalmente, se tornou popular o suficiente para ganhar uma série semanal, e isso deixou Akutami-sensei desesperado, pois não tinha absolutamente nada de fio condutor para sua obra.

Quando Jujutsu Kaisen começou a ser serializado, a trama de Yuta Okkotsu foi sabiamente introduzida como uma prequela da história final, e tanto os editores quanto o próprio Gege Akutami, tiveram que rebolar um pouco para contornar possíveis retcons na trama e deixar tudo redondinho para que não estragasse o futuro da obra – incluindo um arco do passado que acontece uma década antes dos acontecimentos que envolvem Itadori, Ryomen Sukuna e Yuta Okkotsu.

Do mangá para o cinema

E é exatamente aí que brilha Jujutsu Kaisen 0. A forma como ele introduz a história de Yuta, recontando página por página o que foi mostrado na one-shot e, ao mesmo tempo, dando um contexto digno para o que já aconteceu na série até ali (e o que ainda está por vir), se encaixou de forma muito mais fluida no filme.

Fazendo uma listinha, acho que é possível separar cinco momentos importantes que fazem ligação com o passado e o futuro da série animada:

O Kokusen de Kento Nanami

Por exemplo, e aqui vai um pouco de spoiler desses momentos (não necessariamente da história do longa) envolvendo Kento Nanami: quando o conhecemos na série ao lado de Itadori, a narração do episódio em que vimos pela primeira vez o Kokusen – técnica especial sem categoria que aumenta exponencialmente o poder de ataque de um golpe de feiticeiro –, é dito que o recorde de Nanami é o acertar o Kokusen quatro vezes seguidas. Em JJK0 descobrimos que a ocasião em que ele conseguiu utilizar a técnica quatro vezes seguidas foi durante o ataque de Suguru Geto em sua passeata dos 100 demônios em Shinjuku, parte da trama do filme.

Satoru Gojo e Suguru Geto: amigos para sempre

Outro momento emblemático da história original que é explicado melhor no filme é o relacionamento entre Geto e Gojo. Na história original dá para sacar que existia algo inexplorado ali, e o mangá só veio a explorar algum tempo depois. O filme dá um chorinho do que a próxima temporada do anime pode trazer à tona – e a cena é um tanto confusa, porque fica um pouco confuso saber quem está com a palavra no momento. Explicando, é uma memória da época em que ambos os personagens eram alunos da escola Jujutsu, num momento da vida de Gojo no qual era ele quem não estava nem aí para os humanos normais e queria viver como um rei por conta da sua força descomunal. Não vou explicar mais porque seria spoiler demais.

Playful Cloud (Yu-un) – a ferramenta amaldiçoada

Quando Suguru Geto se arma com aquele bastão em três partes presas por correntes, eu tenho certeza que você já sabia o que ia acontecer. A ferramenta amaldiçoada já tinha aparecido no anime e ganhou bastante destaque durante a luta contra Hanami, uma das maldições de nível especial que deu um trabalho para Aoi Todo e Yuji Itadori.

Mimiko, Nanako, Miguel e Atsuya Kusakabe

Apesar do grupo de feiticeiros que anda com Suguru Geto estar presente mesmo na história original, será no próximo arco dedicado ao Incidente de Shibuya (plano orquestrado pela versão Suguru Geto que é citado no anime logo nos primeiros episódios) que eles vão ganhar alguma importância. Estou falando especificamente de Mimiko e Nanako, as adolescentes sem escrúpulos que serão importantes daqui a pouco no anime.

Já Miguel, usuário da ferramenta amaldiçoada Corda Negra, tem a sua própria importância no arco mais recente do mangá, cuja missão de Yuta pode definir o andamento da história. Sem me alongar muito aqui, mas aquela cena pós-crédito do longa-metragem vai ganhar seu contexto no seu tempo (espero que na segunda temporada, mas pode demorar um pouco mais que isso). Pode parecer nada agora, mas tome como um indicativo que nem todos os feiticeiros são maldosos de verdade. Alguns estão apenas cumprindo contratos.

Atsuya Kusakabe, aquele feiticeiro de sobretudo bege que aparece na luta em Shinjuku, é novidade. Será apresentado formalmente no arco do Incidente de Shibuya, então aguarde e confie.

Kokusen de Yuta

No finalzinho da luta entre Geto e Yuta, quando o herói perde sua ferramenta amaldiçoada, ele decide cair no soco contra o vilão. Uma passagem normal no mangá, mas que no longa ganhou tons de preto épicos, afinal, vimos o primeiro Kokusen do jovem feiticeiro em ação. Um futuro brilhante pela frente, né?

(na época da publicação da one-shot, como você já deve imaginar, não existia sequer menção ao kokusen)

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