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Mind the Gap 2022: Incentivando meninas a ingressarem em carreiras na área de tecnologia

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Quantas engenheiras de software você conhece? Quantas programadoras? Quantas diretoras de tecnologia? Na época em que eu cursava ensino médio, eu tinha muito interesse pelas Ciências Exatas e considerava prestar Engenharia da Computação no vestibular. Mas eu me sentia um “patinho” diferente na turma. Percebi que esse sentimento vinha exatamente da falta de conhecimento de referências femininas na área. Quais mulheres de destaque na tecnologia ou computação apareciam na mídia, em notícias ou mesmo em conversas casuais? Quase nenhuma.

Para se ter uma ideia, muitas mulheres não cogitam seguir carreira nas áreas de STEM (sigla em inglês Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) simplesmente por não conhecerem o cotidiano da profissão. Segundo o estudo “Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)” (2022), feito pela ONU Mulheres, 74% das mulheres se interessam por ciência, tecnologia, engenharia e matemática, mas apenas 30% delas escolhem campos relacionados a STEM na educação superior. Sabemos que muitas estudantes que escolhem seguir os cursos nessas áreas também abandonam a graduação por sofrerem algum tipo de discrimação e falta de apoio.

Pensando nisso, no fim de julho deste ano, ao som de “Dangerous Woman” de Ariana Grande, demos as boas-vindas às 100 participantes da edição de 2022 do Mind the Gap, nosso projeto para despertar o interesse de meninas pela área de computação e engenharia. Toda a programação, que ocorreu virtualmente, foi criada para proporcionar uma rica experiência de aprendizado para jovens que cursam o ensino médio em diversas escolas do país e que quiseram conhecer os caminhos para seguir a carreira em STEM. Essa é uma das iniciativas que mais me orgulho de fazer parte no Google. E há mais de 8 anos essa certeza se renova.

Participantes e Googlers voluntários na edição do Mind the Gap 2022, que desta vez foi virtual.

Durante uma tarde inteira, as estudantes aprenderam sobre Ciência da Computação, tecnologia e aplicações, tiveram a chance de falar com engenheiras do escritório do Google, ver como é o ambiente de trabalho e ainda conhecer princípios básicos de programação por meio de atividades práticas com engenheiros voluntários do Google. Um dos momentos marcantes dessa tarde foi a participação das meninas, que cheias de dúvidas e anseios, nos fizeram perguntas do tipo: “como posso me aprofundar na área de tecnologia a partir de onde estou?”, “qual caminho é melhor seguir para ter sucesso na carreira?”; “dá pra juntar a tecnologia com causas sociais e auxiliar as pessoas com minhas habilidades?”. Tais perguntas reforçam o quanto podemos acrescentar e orientar novas engenheiras com o Mind the Gap.

O programa nasceu em maio de 2008 no escritório de Israel e foi trazido para o Brasil em 2014. Desde então, o programa já reuniu, no Centro de Engenharia de Belo Horizonte, quase 900 alunas de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Muitas delas seguiram a carreira e têm trajetórias brilhantes como a Sarah Leitão Melo, participante da edição de 2017 que hoje estuda Engenharia da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, e Jamile Falcão, que ingressou neste ano no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre tantas outras.

Participante da edição de 2017, contamos com a presença da Mind the Gapper Sarah Leitão Melo, que palestrou este ano sobre sua experiência. “Conhecer outras meninas como eu, passear pelo escritório do Google e viver essa experiência foi decisivo para que eu ficasse mais segura em seguir os meus sonhos. Sempre gostei muito das ciências exatas e astronomia, mas não tinha certeza de qual curso era o melhor para mim e qual seria a minha profissão na prática. O Mind the Gap me deu essa luz”, compartilhou ela, que está cursando Engenharia da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco.

Bárbara Cortês, engenheira de Software do Google, falou sobre a carreira nas áreas de STEM.

Nosso objetivo no Google é inspirar e incentivar mais meninas a escolherem a profissão que quiserem, contribuindo para que haja, cada vez mais, diversidade em todas as áreas, não importa quais sejam elas. É muito gratificante ver que, após a experiência com o Mind the Gap, essas jovens realmente foram impactadas e se sentiram inspiradas a seguir adiante com seus sonhos e desejos.

Já estamos colhendo frutos, já que 50% das participantes de 2017 e cerca de 42% das participantes de 2018 estão em curso superior na área de exatas. No próximo ano, queremos atrair ainda mais alunas de escolas de todo o Brasil e continuar a incentivar mais meninas a mudar o cenário do mercado de trabalho.

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