Entre os anos 70 e 80, uma unidade da rota especial da Polícia Militar de São Paulo praticou uma série de assassinatos a jovens (na maior parte, negros e pobres) que eram posteriormente forjados para parecer que se tratavam de tiroteios – ou seja, como se as vítimas tivessem reagido, e não houvesse ocorrido ali execuções policiais. Nesta mesma época, um jovem repórter gaúcho resolveu investigar estes casos.
Depois de sete anos de apuração, Caco Barcellos (hoje um dos mais célebres e premiados jornalistas do Brasil) concluiu que os policiais que participavam da Rota 66 executaram cerca de 4.200 pessoas, concretizando um verdadeiro genocídio da população pobre.