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The legend of Heroes: Trails From Zero é ótimo para quem curte um RPG tradicional

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Se você, assim como eu, é fã de RPG japonês, deve ter ficado positivamente surpreso com Trails From Zero ter ganhado uma localização em inglês. Afinal, estamos falando de uma duologia de RPGs lançados há 12 anos para o PSP (o primeiro videogamne portátil da Sony, você lembra?), que tiveram versões remasterizadas para PS Vita que não foram localizadas na época.

Mesmo sendo muito elogiada pela mídia especializada e pelos fãs, The legend of Heroes: Trails From Zero ainda permanecia exclusivo para o mercado japonês. Mas, felizmente, esse problema foi resolvido com a uma localização (multi) para o ocidente. Mas será que a espera valeu a pena?

A franquia Trails

Desenvolvida pela empresa Nihon Falcom, a série Tarils (também conhecida como Kiseki no Japão), começou lá em 2004 com The legend of Heroes: Trails in the Sky. A saga recebeu diversas sequências e spin-offs ao longo dos anos, como Trails of Cold Steel e Trails to Azure.

A franquia Trails, que faz parte de The Legend of Heroes, é enorme e pelo visto está longe de acabar, já que é muito querida pelos fãs japoneses e sempre recebe boas críticas da mídia especializada. Por conta disso a Nihon Falcom, junto com a NIS América, trouxeram jogos mais antigos da para Ocidente para que possam ser conhecidos pelo grande público, invés de focar só nos novos títulos que estão saindo devidamente localizados em seu lançamento.

Qual é a desse Trails From Zero?

Considerando toda a franquia, a trama de Trails From Zero se acontecce pós-Trails in the Sky 3rd. Ele é o início do arco conhecido como Crossbell, que também é o nome de uma província com o seu próprio governo que faz fronteira com o Império de Erebonia e a República de Calvard, duas grandes nações que vivem em pé de guerra há anos.

É nesse contexto que conhecemos o nosso protagonista, Lloyd Bannings, um policial em começo de carreira trabalhando no departamento de polícia de Crossbell. Lloyd tenta honrar seu falecido irmão, Guy Bannings, que também foi um policial. Em seu primeiro dia de trabalho, ele descobre ter sido designado para liderar uma equipe secreta (que nem o pessoal de lá sabia que existia), chamada de: Special Support Section.

O objetivo dessa força-tarefa é servir como uma alternativa à polícia local, uma vez que a mesma não é bem-vista em Crossbell. Além de Lloyd, a equipe é formada por Elie MacDowell, Randy Orlando e Tio Plato. Cada um com suas próprias histórias e objetivos pessoais que, às vezes, vão de encontro com os do protagonista.

O jogo se desenrola com a Special Support Section solucionando casos em Crossbell, ao mesmo tempo que descobrem alguns segredos e se afundam cada vez mais nas tramoias políticas de gente poderosa da cidade.

A narrativa é bem linear e amigável com os novatos, mas isso não significa que ela é superficial ou ruim. Por conta da profissão do protagonista, o jogo segue uma linha investigativa com Lloyd procurando pistas com seus companheiros e realizando reuniões ao fim dos casos para solucionar o mistério muito parecido com o jogo Ghost Trick.

Mecânicas sem muitas novidades

Por se tratar de um remake de PSP, o jogo praticamente mantém as mecânicas parecidas com a do original, pra não dizer que são exatamente as mesmas. As batalhas continuam sendo por turno e usando gráfico 2.5D.

A partir daí, toda vez que um personagem do seu grupo causar ou sofrer algum dano, ele enche sua barra de CP (Craft Points). Os CP são pontos que permitem a você utilizar as habilidades chamadas Crafts sem o tempo de conjuração, que vão de magias em área até habilidades de suporte ou cura.

Quando se alcança 100 pontos de CP, você habilita o uso das habilidades supremas, chamadas de S-Crafts. São ataques mais poderosos que podem ser combinados entre personagens e que ganham um bônus de dano ou cura dependendo da quantidade de CPs acumulados — dá pra acumular até 200 pontos no máximo.

Você também tem à disposição a mecânica dos Quartz, que nada mais são do que pedras que podem ser colocadas nos dispositivos de comunicação de cada um dos personagens e que dão habilidades especiais para eles.

Os Quartz são divididos por cores específicas e cada grupo fornece habilidades distintas. Também é possível combinar os Quartz para ter variedade nas habilidades. Ah, é possível criar Quartz ou desbloquear novos espaços nos dispositivos dos personagens utilizando os Sepiths, que são fragmentos derrubados pelos inimigos ao fim de cada batalha.

Parece novo, mas não é

The Legend of Heroes: Trails From Zero é daqueles RPG gostosinhos de jogar, mas essa versão nada mais é do que o mesmo jogo remasterizado lançado em 2020 no Japão que, por sua vez, já era um port do remaster de PS Vita de 2012. A grande diferença mesmo está na nova tradução da NIS América, revisando (supostamente) todo o texto disponibilizado pelo grupo Geofront através de um patch em 2020 para Trails From Zero em inglês.

O jogo possui apenas uma grande mudança digna de nota, que é o High Speed Mode… que é a função de aumentar a velocidade das batalhas e diálogos em até 2x da velocidade normal — e esse também é um recurso já bem comum em tudo que é JRPG remasterizado e relançado nos últimos anos.

A parte visual desaponta um pouco, mesmo testando ele em uma TV 4K a 1080p, dá pra ver muitos muitos problemas: texturas explodindo, personagens serrilhados e algumas animações que mal dá pra falar que estão em HD.

O mesmo pode ser dito da trilha sonora, que parece insuficiente com um ajuste de som no mínimo malfeito. Em vários momentos da aventura é quase impossível ouvir os diálogos, já que o som de fundo acaba abafando tudo. Isso é muito inconsistente e mostra pouquíssimo cuidado do time de localização do jogo.

Uma coisa meio bizarra é que as versões de PC e Nintendo Switch possuem várias melhorias gráficas e sonoras, mas sabe-se lá a razão ficaram de fora da versão de PS4. E a única vantagem da versão de PlayStation é a capacidade de usar o seu save para ganhar uns bônus no próximo jogo da franquia, Trails into Reverie.

Me dói dizer isso, mas os jogadores da série mereciam algo um pouquinho melhor que esse Trails From Zero. Lembrando que ainda é ótimo de jogar, principalmente se você é da nostalgia e fã do estilo tradicional, pois isso ajuda a amenizar os vacilos visuais e sonoro.

Bom, pelo menos escolha bem em qual das três versões disponíveis você vai investir. E se você gosta de RPG, pode dar um confere em outras críticas AQUI.

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