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XBOX Game Pass: Como um gamer “raiz” foi se apaixonar pelo serviço mais comentado do mundo gamer?

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Como começou a minha paixão pelos games?

Me lembro como se fosse hoje de um final de tarde cinzento lá por volta de 1985 ou 86. Eu era um garoto com seus 7 ou 8 anos de idade (dá um desconto vai? estou ficando velho para lembrar exatamente da data) que até então não tinha quase nenhuma familiaridade com videogames, sendo que a única experiência anteriormente havia sido quando meu pai me levou para jogar Moon Patrol e Galaga em um barzinho próximo a nossa casa enquanto ele tomava uma cerveja e conversava com amigos.

Aqueles dois jogos haviam me fascinado de uma maneira que meu pai se mostrou surpreso, afinal logo nas primeiras partidas ele percebeu que, mesmo sem experiência alguma, eu já conseguia dominar os controles naturalmente, conseguindo sobreviver e evoluir gradualmente na medida do possível. Tal percepção, creio eu, que deve ter sido comentada com minha mãe (infelizmente nunca pude comprovar minha teoria, pois ela veio a falecer precocemente).

Atari 2600: onde tudo começou

Algum tempo depois desta tal tarde cinzenta, ela voltou do seu trabalho trazendo uma grande sacola contendo uma caixa toda embrulhada, na qual havia um ATARI 2600 Polyvox, um videogame que era o sonho da maioria das crianças e jovens da época – assim como as bicicletas Caloi Cross, BMX e Cecizinha e bonecos dos Comandos Em Ação, só para citar alguns dos sonhos de consumo da época. Me lembro muito bem de naquela tarde/noite, ter ficado por horas e horas jogando Enduro com meus pais e Irmã, que apesar de seus 2 ou 3 aninhos de idade, não poderia deixar de participar, é claro!

Depois desse dia, o bicho do videogame me picou e nunca mais parei com eles, tanto como lazer como profissionalmente. Isso renderia o suficiente para escrever um livro, mas deixemos os “causos retrogamísticos” (desculpem por criar um “termo” para definição de histórias) para uma outra ocasião, pois estamos aqui para falar de novidades, não é mesmo?

O que é o tal do Game Pass?

O Game Pass foi o pulo do gato da Microsoft para conquistar uma boa parcela do público

Quando idealizou o primeiro Xbox, de certa maneira, a Microsoft introduziu o pensamento “PC Gamer” de jogos online nos consoles de mesa. Ao trazer a experiência dos games online para Windows de maneira simplificada, ela iniciou o que é hoje o maior e mais bem estruturado ecossistema de jogos online em consoles do mercado, o Xbox Live.

Dentro deste ecossistema, a evolução foi rápida e constante, passando a contar com loja online de jogos para download, comunidades de jogadores, canais de notícias, e muito mais. Só que a evolução mais extraordinária ainda estava por vir. Com a evolução e amadurecimento dos serviços de streaming como Netflix, Disney e Amazon Prime Video, seria somente questão de tempo para um dos grandes players do mercado de games partirem para essa área, e não é preciso muito para adivinhar quem foi a pioneira nesse mercado.

O catálogo do Xbox Game Pass é bastante extenso

Com muita grana em caixa e estreito relacionamento com praticamente todos os principais desenvolvedores do mercado mundial, eis que a Microsoft lança o Xbox Game Pass, um serviço de assinatura mensal no qual, por uma pequena mensalidade, os jogadores tem acesso a um catálogo de aproximadamente 300 jogos variados vindos de empresas de renome como EA, Ubisoft, Capcom, Bethesda, Square-Enix e muitas outras, além de desenvolvedores indies que sempre nos brindam com gratas surpresas.

Mas o principal destaque do serviço é sem dúvida a própria Microsoft, que para agregar valor ao seu produto, simplesmente fez uma jogada de mestre de disponibilizar TODOS os seus lançamentos no dia do lançamento. Ou seja: Saiu Halo novo? Forza Mortorsport, Hellblade 2 ou qualquer jogo da empresa? Automaticamente você terá acesso!

Tá legal, mas por quê um gamer dito “raiz” se identificou tanto com o serviço?

Essa é uma ótima questão, e para respondê-la, vamos voltar novamente as “raízes” e fazer um desenho de como era a vida de um gamer nos anos 90 e início dos anos 2000.

Quem é gamer hoje em dia e está nos seus 20, 25 anos, muito provavelmente não tem noção do que era ter que alugar seus jogos preferidos. Era uma alegria enorme, afinal muito provavelmente seria uma sexta-feira e o final de semana prometia ser de jogatina frenética. Amigos em casa, bagunça, campeonatos de International Superstar Soccer, Street Fighter II, Super Mario Kart, ou mesmo aquele long run para debulhar um Zelda, Sonic ou inúmeros outros saudosos títulos da época. Mas tinha um pequeno detalhe: se aquele jogo que estávamos esperando para o final de semana não estivesse disponível, toda empolgação viraria a mais profunda decepção em um piscar de olhos.

O primeiro PlayStation fez sucesso no Brasil, mas a pirataria ajudou bastante nisso

Passados três ou quatro aninhos, o primeiro PlayStation se tornaria um fenômeno de vendas no mundo inteiro com seus jogos poligonais com cenários e personagens modelados em 3D, trazendo uma jogabilidade inovadora e gráficos nunca vistos. Aqui no Brasil não foi diferente, mas como aqui é o país do jeitinho, isso significou outra coisa além de sucesso: jogos piratas. Nessa época, ter um PlayStation era sinônimo de pirataria. Afinal, como seria possível um jogo original competir com um similar pirata que custava o equivalente a 10% do seu valor tendo o mesmo conteúdo?

Essa situação foi recorrente por um bom tempo, tendo afetado não somente a geração do primeiro PlayStation, mas também a anterior de Mega Drive e Super Nintendo (em menor proporção por cartuchos serem naturalmente mais caros). Seu sucessor, o PlayStation 2, também “sofreu” fortemente com a pirataria, e há quem diga que, se não fosse por ela, o sonsole da Sony não seria o sucesso que é hoje por aqui (o que é um pouco polêmico mas essa não é uma conversa para agora). Outro problema que a pirataria trazia vinha da baixíssima qualidade de produção das mídias, então era muito comum seu console ser levado ao limite e simplesmente deixar de funcionar por causa do desgaste acentuado que os CDs piratas mal produzidos causavam no console.

O Game Pass se tornou ainda maior depois do lançamento do Xbox Series S/X

Hoje, já distante desta realidade, qual não é a minha satisfação ao ligar o Xbox e poder desfrutar de um catálogo extenso e variado de jogos, pagando por mês menos que o valor daquela pizza de quatro queijos caprichada que vai ser o jantar do “guerreiro” no sábado à noite? Posso jogar com meu filhotes, que não se prendem muito a um ou outro jogo e estão sempre querendo novidades e as consumindo vorazmente, hora um multiplayer de Tartarugas Ninja, hora curiosos em aprender a jogar FIFA por causa da copa do mundo, ou então as pistas malucas e cheias de obstáculos de Hot Wheels Unleashed… não tem como não se impressionar com tantos jogos bons reunidos.
Tudo isso é muito legal de se falar, mas não podemos deixar de mencionar o Xbox Series S, que hoje é o console mais importante da nova geração para o Brasil por um motivo muito simples: Preço!

Com os poderosos PlayStation 5 e Xbox Series X custando hoje mais de R$ 4,500, infelizmente não é qualquer pessoa que pode se dar ao luxo de gastar esses valores para desfrutar de uma experiência completa desta nova geração. Mas o Series S custando hoje bem mais acessíveis R$ 2,400 acaba se tornado uma opção bastante viável economicamente falando, pois ele também dispensa o uso de uma TV 4k de última geração. Somado ao preço do Game Pass, acredito que na atualidade não exista nenhuma outra maneira mais econômica de entrar na nova geração, com ótima qualidade e um belíssimo catálogo de jogos inteiramente a disposição. Nós podemos dizer que hoje o Xbox Series S é a opção mais racional do mercado brasileiro para quem quer entrar na nova geração sem ir à falência, mas e seu eu disser que o Game Pass traz ainda mais vantagens?

Com o Game Pass, também dá para jogar títulos do Xbox no seu celular via Nuvem

Se você tiver um PC, pode desfrutar de todo esse catálogo nele também. Além disso, existem alguns jogos em que é possível jogar na nuvem, dispensando o uso do console ou de um PC para curtir seu jogo preferido direto no seu celular.

Agora seja sincero: tem como não gostar de um serviço que oferece tanto por tão pouco?

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