Crítica | The Last of Us Part 1 impressiona novos e antigos jogadores

The Last of Us completou 10 anos em 2022. Do seu lançamento até aqui, foram duas gerações de consoles da Sony, um remaster e agora um remake seguindo a linha da sua continuação. “O jogo que queríamos ter feito no passado, mas as capacidades técnicas não nos permitiram”, disseram os desenvolvedores. Cá estamos agora com um remake de The Last of Us Part 1 e uma pergunta: Precisava mesmo?

Remake inspirado, mas sem novidades

Sabe aquela dúvida que bateu na cabeça de todo mundo no anúncio do remake de TLOU Part 1, se o jogo seria a mesma coisa da sua versão original? Pois bem, sendo extremamente simplista na afirmação (por enquanto), sim, ele é exatamente o mesmo.

Guiado grande parte por sua narrativa, TLOU ainda entrega uma experiência única aos jogadores que se arriscam nele. Mais ainda nesta nova versão, agora com as melhorias proporcionadas pelos avanços da tecnologia e o PS5. E não vá atrás de mudanças na história ou espere por surpresas inéditas nesse sentido, já que o propósito do remake nunca foi acrescentar nada ao game.

Inclusive, TLOU Part 1 funciona como uma versão graficamente melhorada de TLOU Part 2, porque em termos de gameplay o jogo continua como o original (que é muito bom). Andar, correr, atirar, armazenamento de itens no inventário e, principalmente, o combate são idênticos.

Quem nunca jogou nenhum The Last of Us vai se beneficiar das melhorias gráficas. Seguindo a linha evolutiva de TLOU Part 2, o remake do primeiro se mostra ainda mais bonito, já que foi projetado para rodar diretamente no PlayStation 5, ao contrário da Part 2, que havia sido desenvolvido para o PS4 (e o PS4 Pro).

Em linhas gerais, TLOU é um jogo de ação e sobrevivência, com muito ‘stealth’, que requer uma certa manutenção de recursos (que são escassos, e vão se tornando menos e menos de acordo com as dificuldades do game) e apresenta um mundo pós-apocalíptico em que um vírus acabou com praticamente toda a civilização.

Neste contexto, encontramos Joe, um contrabandista que faz o que pode para viver, e Ellie, uma jovem imune ao vírus que precisa chegar a todo custo no QG dos Vaga-Lumes, um dos muitos grupos / comunidades formados depois da crise. 

Além dos monstros existentes pelo caminho, a dupla enfrenta uma quantidade absurda de outros perigos, naturais ou humanos. Assim como toda boa história de mundo pós-apocalíptico, são os humanos sempre a maior preocupação de todos.

Para quem não jogou nada do game anterior, a boa da vez é que além do jogo original, o DLC Left Behind acompanha o lançamento, também completamente refeito (graficamente, pelo menos).

Propósito

É difícil criticar o jogo em si, já que ele continua bom assim como quando foi lançado há 10 anos. O problema é menos o jogo e mais a estrutura de lançamento de jogos atuais. A “revitalização” de jogos exclusivos nas plataformas mais recentes sem nenhum tipo de auxílio ao consumidor na hora de adquirir uma cópia nova, sempre no preço cheio.

Ao mesmo tempo, há muitos pontos a serem considerados. O de pessoas que não chegaram a vivenciar a experiência nos consoles antigos, que possam ter ingressado ao PlayStation apenas agora na última geração do PS5, e teriam o interesse em experimentar jogos modernos, não a biblioteca do PS4.

O mercado consumidor é grande, e mesmo sido relançado duas vezes anteriormente, é capaz de encontrarmos pessoas que ainda não experimentaram TLOU. E se for o caso, não haverá melhor momento para isso (a menos se, porventura, aparecer um PS6 aí…)

Não existe a intenção de defesa aqui, de justificação de compra. Cada um sabe o que faz com o próprio dinheiro, e compra o que achar melhor para si. 

Pelo menos está bonito

A excelência gráfica é resultado do novo motor gráfico, o mesmo utilizado em TLOU Part 2, mas sem as limitações do PS4. Aqui, de acordo com os próprios desenvolvedores, eles conseguiram chegar muito próximos da versão original que queriam criar desde o lançamento há 10 anos.

Em comparação tanto à versão remasterizada do PS4 ou a original do PS3, o jogo impressiona a todo momento. A vontade de parar e apreciar um pouco a vista após uma perseguição quase sádica de estaladores em algum prédio abandonado é muito satisfatória.

O modo fotografia ajuda os jogadores mais talentosos a capturar qualquer momento que ele ache incrível da aventura. Velocidade do obturador, filtros, movimento, tudo pode ser ajustado para melhorar a captura em si. O difícil é aprender a utilizar todas as ferramentas.

The Last of Us Part 1 é polêmico. Muitos não justificam o seu lançamento no preço cheio baseado na sua própria experiência. Outros, que não tiveram a chance de jogar no passado, vão ter em mãos um dos grandes “lançamentos” do ano. A Sony lucra de toda a maneira. O capitalismo é assim mesmo, né?

 

■ Jogo: The Last of Us Part 1  ■ Publicação: Sony  ■ Desenvolvedora: Naughty Dog  ■ Plataformas: PlayStation 5, PC  ■ Lançamento: 02/09/2022

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